quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Where is my mind?


Esse vazio de merda que me assombra. Cada segundo é uma eternidade. Os pensamentos parecem presos numa gaiola. Minha mente quer correr, voar, ser livre. E lá vem ele. Cego, patético, manipulador. Me obriga a ir mais além, me faz questionar até o extremo, até sangrar. E vem rasgando tudo que existe em mim. Porque eu não me liberto? Porque deixo ele dominar?

Eu tento correr, ele corre atrás, eu tento frear, ele fica parado do meu lado. Ele me esboba, embora faça questão de estar presente.
Ele me machuca, ele grita dentro de mim.
Ele existe, eu existo. Existimos um dentro do outro. Eu não consigo fugir dele. Ele faz parte do que sou. Sou uma pessoa inquieta, nunca me senti confortável embaixo dos meus sapatos, a cabeça voando pra longe. A vida tão silenciosa e morna.

Vontade constante de voar. Minha mente voa, meu corpo é preso.

Vontade de ser, de estar, ânsia, procura........

eterna procura.

Procuro em mim a outra metade que perdi.

Onde perdi?

Sutilmente

O mundo gira devagar. Pare. Olhe. Perceba. Existe um emanharado de sentimentos a sua volta, sendo explorados. Deixe, viva, sinta. Põe aquele vestido menina, sente o vento bater nele formando um desenho junto ao teu corpo. Deixa teu sorriso vir pra perto do meu. Deixa meu olhar penetrar no mais profundo da sua alma. Deixa eu me perder em você. Se perca junto. Não tenha medo de se perder, se perder é também se achar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

lacre inviolável

A vida é uma caixa escura e lacrada. Nós nunca sabemos o que tem dentro. O que iremos encontrar. E mesmo tirando o lacre, vencendo toda a dificuldade com toda a persistência de seres teimosos que somos. Ainda sim, existe toda a escuridão da caixa pela frente...

domingo, 27 de novembro de 2011

Eterno Vazio


Somos vazios. Procuramos em buracos, em pó, em finais, em cinzas. Procuramos respostas, mas não encontramos.
Somos sozinhos. Procuramos uma determinada alma que compartilhe de sensações semelhantes. Porque aí quem sabe o questionamento diminui, a dor é um pouco esquecida.
Mas basta ficar só, que somos obrigados a mergulhar no mais profundo das questões. Porque queremos tanto?
Queremos tantas coisas, procuramos incessantemente, fingimos ser fortes, importantes pra alguém. Nos apoiamos em futilidades.
Somos fracos, nossa maior frustração são nossas vidas.
Ela leva o rumo, você não controla nada. Você é um simples fantoche, marionete do destino. É tolo, é humano. Não possui título algum, não é lindo de morrer, não tem dinheiro. Você é uma alma, e todo o resto a sua volta é uma MENTIRA.
Seu maldito carro, suas roupas de marca, seu número de rg, seu apartamento luxuoso.
Nada disso é real, nada disso é teu, nem meu, nem de ninguém. Porque nada disso existe. Isso foi criado pra te fazer um completo idiota. Enquanto você se distrai com todas essas porcarias, sua vida passa num instante e você não percebe o que é essencial, o que é teu de verdade. Você nem cuida do que é teu. Sua alma tá machucada, com buracos, dolorida, sua alma tá vazia, tá perdida num mundo estúpido.
O que você vai fazer?
Nada. Se você corre, todo o vazio corre atrás de você. Se você fica, obviamente o vazio também. O vazio precisa ser preenchido.
Você namora pra tentar preencher esse vazio, se esconder de você mesmo. Você se sente importante pra alguém, amado. A maior necessidade do Ser Humano é se sentir amado, não é amar. Não aprendemos a amar. Queremos apenas ser amados. Desde pequeno, você recebe o amor de seus pais, e apenas recebe. Crescemos acreditando que devemos receber o amor de alguém, esperamos como crianças mimadas. Mas o amor é outra coisa. Isso que você acredita ser amor, é apenas necessidade de ser amado.
Você compra, você come, você gasta, porque quando você faz tudo isso, sua alma esquece que é vazia, por instantes você se acha importante, notado pelas pessoas. Você não é importante, você é igual a todos, todos estão buscando como você. E todos não estão encontrando como você.
Somos a procura, somos a vontade, somos o pó que cai pelo ar, somos o reflexo no espelho, a palavra presa na garganta, o nó eterno, somos átomos, somos raio, somos feixe de luz, somos oxigênio, somos água, somos dúvida, somos o olhar a procura....


E quando você conseguir tudo o que queria, que desejava, todos os seus sonhos. O que você vai querer depois?

E depois, o que você vai querer?

Mayna Delle Donne Néo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sensações

Sabemos sempre o que nos faz feliz. Tem algo dentro do olhar que pulsa, tem algo na voz que estremece, tem uma vontade louca de estar junto e falta um pedaço quando estamos longe. Tem uma curiosidade imensa de saber mais. De viver e de ser. Isso é real. O resto a gente tenta acreditar que existe. O resto é supérfluo. O resto é cinza, é morno, é confortável. É preciso ser passional para encontrar a felicidade. É preciso transbordar para saber que tem muito. Ou deixar secar pra sentir a sede. É preciso uma dor que arranca pedaços pra saber o quanto queremos algo. E o quanto somos capazes de lutar por aquilo.

Mayna Delle Donne Néo

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Destinos e acasos

Te procurei em tantos lugares, tentei te imaginar em tantas bocas, fugir do que sinto, do que sou.
Não consegui fugir de mim mesma. Não consegui me encarar e aceitar algumas verdades, não consegui entender o porque de tudo isso ter tomado esse rumo.
Se você é tão essencial, se somos puxadas pra uma força enigmática superior, se vimos uma na outra a natureza, se a energia que existe é transgressora, se é recíproco, porque tudo se enrola cada vez mais e traça um destino diferente do que o esperado?

Será que esse destino não é culpa nossa? Não é nós que estamos seguindo caminhos opostos a esse sentimento?
Eu já não sei mais nem responder. Sei que te sinto de longe. Sinto o que pensa e o que pretende fazer, e isso me dói.
Porque sinto que o teu destino é perto do meu, e que seguir o barco pra longe é adiar nossa alegria.

Mayna Delle Donne Néo