sexta-feira, 21 de setembro de 2012

doce letal

Silêncio, escuro, pensamentos, lágrimas. Um frio na espinha e um gelo no estômago. Novamente sua imagem aparece dentro de minha mente. Só que dessa vez uma imagem leve, inocente. Como sempre havia sido. Uma imagem de alguém que me amou da forma mais pura e intensa que se pode amar outra pessoa. E tudo isso de uma forma extremamente sigilosa.

Eu me pergunto onde encontrarei a pureza dos seus lábios. E o teu sorriso sincero que acalmava minhas manhãs e embalava minhas noites mais tristes. Eu me pergunto como farei pra me sentir jovem como me sentia quando o vento batia em seu rosto e você sorria pra ele e me olhava com cara de criança arteira.
E sua voz que tantas vezes eu procurei escutar dentro de mim quando meu coração acelerava em desespero, quando o medo do mundo era real, quando eu me sentia tão insegura quanto um cachorro perdido.

Eu não quero o que não entendo, e eu não entendo o que quero.
Você sempre soube o quanto eu sou confusa e imprevisível. Mas de todas as minhas confusões, você foi a certeza mais bonita que me aconteceu. Eu só queria que você soubesse o quanto é especial e o quanto ainda  não sei lidar com esse sentimento.
Do alto do barco eu olho o mar. Eu rezo e velo, sento e espero o dia acabar. A água bate, escorre,  flui,  flameja. Como tudo, como cada pequena coisa, como minha alma agora.

Mayna Delle Donne Néo