segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cade minha mente?


Torturo minha alma. É o que faço cada vez que despedaço o belo. Descontruo o novo. Amarro os sonhos.

Em cima de um penhasco. Miro a ponta dele. Risco o chão com minha alma. E ameaço pular. Saltar de mim. Fugir do que sou. E do que não sou.

Lá embaixo tudo verde. Cheio de cores. Luzes. Pássaros. Brilho intenso. Relva. Surreal. Flores, flores, flores.

Eu quero pular. Quero encontrar com o belo. Me desprender do material. Mas conforme impulsiono meu corpo. No mesmo momento já sei que estou me enganando. Sei que sou covarde. Fraca.

O nó na garganta é a prova do que está engasgado. Amarrado. Em eterno conflito.

O penhasco está lá. Lindo. Me esperando....

Sem frescura, sem hora marcada, sem problemas. Ele é simples, é real. É completo.

O resto são criações. O resto são invenções da própria ausência da alma em conflito com a busca. Com um mundo tão vazio...

Saio do penhasco e caminho de volta. Admito minha insensatez. Ignorância. Falta de capacidade.

Sei que o penhasco continuará me chamando...

Vai me chamar sempre.

Implorando o meu voo. Voo livre. Alma solta. Pés fora do chão. Tudo que sempre almejei. Embora sempre tenha fugido...

Continuo na terra. Sentindo o ardor do chão quente sob os meus pés. Sentindo o peso dos seres se despedaçando por muito pouco...

Assistindo um jogo de egos, manipulações, egoísmo e tortura.

Atestando cada vez mais minha indiferença. Vendo tudo e nada fazendo. Apenas reclamando...



Penhasco...


Uma parte minha eu atirei hoje no penhasco, as 04:54 da manhã desta segunda-feira- 18 de abril de 2011. O vento levou e vai fazer dela o que ele bem entender...

Eu desejei assim. Eu implorei por isso...


Leveza!


O resto, ahhhh o resto!

O resto permanece aqui. Invólucro. No sólido. Quente. Seco.

No calor infernal que queima a alma dia-a-dia. Implorando por coragem para se jogar junto com o que acaba de ir...


Maynna Delle Donne Néo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Respostas...


Queria falar sobre tantas inquietações, tantas dúvidas que moram por aqui...

Mas o que tem me assombrado ultimamente é algumas certezas que passei a ter...

Certezas que geram outras dúvidas...

O que faço pra conseguir o que quero? Dou o melhor de mim pelo que gosto?

Tudo isso tem virado muito minha cabeça, antes eu ainda fosse tão confusa...


Confusa. Menina boba. Sentia o vento e apenas sorria. Deitava na grama e me coçava até enjoar de ficar por ali. Como quem não queria nada, gozava a vida passar. Me encolhia pra chorar. Me contorcia pra sorrir...

Ahhhh que saudades de você...menina bobalhona que morava por aqui...

Volta?


Crescer é ser só...


Maynna Delle Donne Néo