domingo, 9 de maio de 2010


É duro se mostrar. É dificil encarar o que somos. Tão difícil que procurarei, o mais breve possível, uma maneira de ausentar de mim mesma. Deparo-me com uma fragilidade tão mascarada, que muitas vezes, nem eu a percebo.
Dói, lateja e arde, mas eu procuro algo que talvez nunca ache, procuro perguntas sem respostas. Procuro a companhia, em meio à ausência. Procuro tirar de mim essa dor, mas eu mais fujo do que a encaro.
Na verdade, não passo de uma criança mimada, que chora porque não lhe deram doce. Que faz birra e senta longe de todos. Que quer atenção em meio a multidão.
Sou só mais uma em meio a multidão?
Não sei, não quero e não posso admitir, mas talvez seja. Talvez todos nós sejamos.
Todo mundo se acha único, especial, diferente. Por isso, somos todos iguais. Todos sozinhos. Todos tolos, todos superficiais. Todos medíocres.
Maynna Delle Donne Néo

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